terça-feira, 6 de outubro de 2015

Balanço de um ano e meio revolucionário e iluminador

Faz agora mais ou menos um ano e meio que decidi mudar radicalmente a minha alimentação e modo de vida. No início de 2014 comecei este blogue, para me ajudar a fazer a transição de uma alimentação principalmente carnívora para uma alimentação, primeiro vegan, e mais tarde plant-based (baseada em plantas).

Este percurso não foi fácil (na verdade ainda não é totalmente fácil), porque demora fazer uma mudança de mais de 30 anos (eu admito, quase 40 anos) de um modo de comer e de cozinhar, para outro muito diferente.

Deparei-me com muita resistência por parte das pessoas à minha volta, umas mais próximas e outras menos próximas, mas com força de vontade e auto-estima consegui vencer muitos preconceitos. O meu marido sempre foi o meu maior apoiante, incentivando-me e comendo tudo aquilo que eu cozinho. :-)

Os meus filhos têm sido um desafio, mas acho que ja encontrámos um certo equilíbrio cá em casa: faço-lhes carne 2 vezes por semana, peixe uma vez por semana, e nas restantes refeições tento que comam vegetariano.
É uma luta constante, mas quem tem filhos pequenos sabe que qualquer refeição pode descambar numa luta para eles comerem. Cá em casa o que tem resultado melhor é "Come que vais ver que gostas, e se não comeres a comida hoje, amanhã faço vegetariano de novo.". hehe... (para quem já está a julgar-me, não vale a pena, que eu não ligo a julgamentos, e o que me interessa é alimentar os meus filhos.)

A minha mãe no início também foi resistente, e tentava demover-me, mas agora já aceita e preocupa-se sempre em ter um prato vegetariano para mim nos almoços de família.

Mas e tem sido difícil resistir a comer carne? Na maior parte das vezes não.
Tal como escrevi aqui, voltei a comprar carne e peixe, e no início pensava que também ía comer um pouco quando cozinhasse para a minha família, mas na verdade não o faço.
Admito que o cheiro de um frango assado ou ver um hambúrguer caseiro me deixa com água na boca, mas já não tenho vontade de os comer (eu chamo-lhe o efeito Jasper Cullen, na cena do primeiro Twilight em que o Jasper atravessa o refeitório da escola com um ar sofredor) :-)
Neste último ano e meio acho que só não resisti 3 ou 4 vezes, comi duas vezes hambúrguer fora de casa e uma vez hambúrguer caseiro feito por mim. Nas férias de verão é que foi mais difícil, no Algarve quando jantei fora, porque as saladas, vegetais cozinhados e o que pudesse passar por comida vegetariana era intragável, e tive que comer peixe talvez 2 vezes. Por isso se pensarmos no número de refeições que fazemos num ano, 3 ou 4 vezes é um número ínfimo.

Assim, resignei-me a cozinhar dois pratos diferentes quase todas as noites. Continuo a acreditar que quando os meus filhos forem mais velhos, logo lhes explicarei porque sou vegetariana. Quando eles estiverem preparados para toda essa informação, e quando tiverem poder de decisão sobre o que comem na escola. Por enquanto isso não é possível, por isso vamos continuando como estamos.

E quanto à saúde? Estou mais ou menos saudável?
A minha mudança inicial não foi repentina. Pesquisei muito, li muito, e não retirei somente alimentos da minha alimentação. Substituí-os por outros e introduzi outros que não comia. Informei-me acerca das possíveis deficiências nutricionais de que poderia vir a sofrer, como a vitamina B12 e o cálcio, e certifiquei-me de que isso não me atingiria.

A vitamina B12 é essencial à nossa saúde e só se consegue consumir o suficiente com produtos animais. Assim, para não arriscar ficar com carência, passei a tomar um suplemento da Solgar que comprei no Celeiro, não diariamente porque não é necessário, mas uma ou duas vezes por semana. É o suficiente e nas últimas análises ao sangue que fiz, o meu nível estava excelente.

Quanto ao cálcio, o principal mito do leite de vaca, os vegetais de folha verde são mais ricos em cálcio do que o leite, por isso o cálcio nunca foi um problema.

O único problema que tive foi com a vitamina D. Esqueci-me dela e não entendi bem a sua função, por isso quando fiz análises ao sangue há uns meses atrás, apesar de todos os meus níveis de proteína, cálcio e B12 estarem óptimos, já estava com deficiência de vitamina D, e tinha sintomas disso (cansaço, pernas pesadas...). Assim, a minha médica receitou-me um suplemento que tomo uma vez por mês, e já recuperei.

Passado este ano e meio sinto-me perfeitamente saudável, e sinto-me melhor fisicamente do que antes. Como exemplos, eu costumava ter crises de síndrome do cólon irritável, e desde que deixei de comer produtos animais já não tenho tido mais. O meu peso, que tinha descido quando deixei de beber leite de vaca e depois quando virei vegan, entretanto recuperou e estabilizou. E a minha pele está com muito melhor aspecto. Até uma amiga me comentou isso há uns dias.
É só melhorias!

Como curiosidade, há uns dias atrás saiu um artigo no New York Times acerca do brilho que os vegan parecem ter, e o facto de se estar a tornar bem visto socialmente ser vegan. Para ler aqui: Vegans Go Glam

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Sopa de lentilhas, batata doce e acelga


Há sopas que são tão completas nutricionalmente, que não precisam de segundo prato. Na minha opinião, esta é uma dessas sopas, porque além dos vegetais habituais, tem hidratos de carbono (batata-doce), proteína (lentilhas) e folhas verdes (acelga).

As sopas cá em casa costumam ser o início da refeição, e são sempre trituradas em creme, porque se eu servisse sopa como esta aos meus filhos, eles diziam-me logo que não gostavam e que não comiam. E como eu já tenho "batalhas" suficientes com eles acerca dos mais diversos tópicos, prefiro passar a sopa e poupar-nos a todos mais uma guerra à mesa. Quem tem crianças sabe bem como é. :-)
Então neste dia esta sopa foi só para mim e para o meu marido. E ficou saborosa e reconfortante.

Ingredientes:
- 1 cebola roxa, cortada finamente
- 1/2 pimento vermelho, cortado em tiras finas e pequenas
- folhas de acelga, com os talos separados das folhas
- 2 batatas doces, cortadas em cubos pequenos
- 1 dente de alho, picado
- 2 colheres de sopa de lentilhas vermelhas sem casca
- azeite, sal, pimenta preta e alecrim
- caldo de legumes (aproveitei de outra sopa que tinha ao lume)

Preparação:

Descasque, lave e corte todos os legumes como indicado. Separe os talos das acelgas das folhas e corte os talos em pedaços pequenos. Enrole as folhas e corte-as finamente.

Aqueça uma panela em lume médio, deite um fio de azeite e adicione a cebola, o pimento e os talos de acelga. Deixe cozinhar durante alguns minutos, mexendo de vez em quando, até começarem a amolecer.


Junte a batata doce, adicione caldo de legumes e as lentilhas passadas por água.
Eu aproveitei que tinha outra panela ao lume a cozinhar sopa, e tirei algumas conchas do caldo para aqui.

Junte os temperos, envolva e deixe cozinhar cerca de 10 minutos.


Junte as folhas de acelga cortadas, tape, e deixe cozinhar durante mais uns 5 minutos.
Quando a batata estiver cozinhada, retire do lume.



sábado, 19 de setembro de 2015

Bolonhesa de cogumelos e lentilhas


Durante as nossas férias de verão os pratos que fiz eram quase sempre salteados de vegetais, com leguminosas e frutos secos. Era só isso que me apetecia, ía variando os ingredientes, e era rápido e simples.
Agora que estamos de regresso à vida normal, e que o tempo já começa a arrefecer um pouco, começa a apetecer-me fazer de novo pratos de cozedura mais lenta, daqueles que se comem bem quentes e que confortam.

Este molho de bolonhesa foi o primeiro deste fim de verão, e ficou uma delícia a acompanhar esparguete. Piquei cogumelos e cenouras no processador, cozinhei-os com lentilhas castanhas já cozidas, juntei mais alguns ingredientes e temperos habituais de bolonhesa, e o resultado ficou óptimo. Visualmente parecia bolonhesa de carne (embora eu não cozinhe com esse objectivo), a textura estava perfeita e o sabor bem apurado, até um pouco adocicado.

A minha filha de 3 anos adorou! O meu filho de 7 anos diz logo que não come nada vegetariano, mas (depois de alguma negociação) lá experimentou e também gostou. O meu marido adorou e repetiu (por gula, segundo as palavras dele). Resumindo, é receita para escrever e fazer mais vezes.

Este molho é óptimo para fazer em maior quantidade para sobrar para o dia seguinte, ou para congelar em doses pequenas. Depois é só deixar descongelar e aquecer lentamente ao fogão.

Mas vamos à receita. :-)


Ingredientes:

- azeite
- 1 cebola roxa média
- 1 cenoura grande
- 1 dente de alho
- 1 pimento vermelho pequeno
- 5 ou 6 cogumelos brancos inteiros
- 100 ml de vinho branco
- 1 lata pequena de lentilhas castanhas, cozidas
- 1 lata de tomate em pedaços em sumo de tomate
- 50 ml de água
- sal, pimenta preta, orégãos e manjericão secos

Preparação:

Descasque a cebola, a cenoura e o dente de alho, e pique-os num processador com a lâmina de corte (ou na Bimby, durante 5 segundos, velocidade 5). Retire e reserve.
Lave os cogumelos e corte-os ao meio. Coloque-os no processador juntamente com o pimento vermelho e pique. Retire e reserve.

Aqueça uma panela de fundo grosso, deite um fio de azeite e junte o picado de cebola e cenoura. Cozinhe durante 3 a 4 minutos, até começar a amolecer.
Junte a mistura de cogumelos e pimento, mexa e cozinhe durante 5 a 7 minutos.
Adicione o vinho e deixe evaporar o álcool.
Adicione as lentilhas e os tomates. Coloque um pouco de água na lata vazia, faça-a rodar e junte à panela.
Tempere com sal, pimenta e muitos orégãos e manjericão.

Envolva bem, deixe levantar fervura, tape e deixe cozinhar durante cerca de 15 minutos.
No fim junte um pouco da água de cozer a massa, deite um fio de azeite e mais manjericão.
Sirva quente envolvido em massa.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Batata doce cozida com grão e salada de tomates



Adoro batata doce cozinhada de todas as maneiras. Desta vez cozi-a a vapor no fogão, juntei grão cozido (por mim) e uma salada de tomates de verão. Resultou num prato simples, tal como eu gosto dos pratos de verão.


Ingredientes:

- batata doce
- azeite e mel ou xarope de agave
- grão (cozido ou seco)
- tomates variados (usei cherry, tomate pêra amarelo e tomate zebra verde)
- azeite e vinagre balsâmico
- sal e ervas aromáticas

Preparação:

Para cozer o grão:
Coloque de molho durante 8 a 12 horas. Escorra e coza na panela de pressão, em água com sal e uma folha de alga Kombu, durante 25 a 30 minutos. Escorra e está pronto a usar.

Para a batata doce:
Descasque as batatas, lave-as e corte em cubos pequenos. Envolva num fio de azeite e mel, tempere com um pouco de sal, e coloque a cozer a vapor durante 15 a 20 minutos. Eu cozo num acessório que se coloca em cima de uma panela.

Lave os tomates e corte os maiores em pedaços. Tempere com flor de sal e ervas aromáticas, e regue com azeite e vinagre balsâmico. Envolva bem.

Sirva tudo junto, a batata e o grão quentes e a salada fria.

domingo, 13 de setembro de 2015

Esparguete rápido com tomates de verão



Este prato foi exactamente o que o título diz, foi uma massa muito rápida de preparar e muito colorida com tomates de verão.
Durante todo o verão tenho comprado as diversas variedades de tomates que só se encontram nesta época, coloridos, doces e muito divertidos para fazer saladas, cozinhar ou simplesmente juntar a algum prato no fim da preparação (como este). Estou a aproveitar porque agora em Setembro ainda os encontro no Brio, mas sei que daqui a poucas semanas já não vai haver mais.

E foi de novo a pensar em juntar alguns ingredientes que tinha no frigorífico, que saiu este prato para o almoço de um destes dias.
Depois de tudo junto temperei com flor de sal com ervas aromáticas de Castro Marim, e ficou bonito e muito saboroso.


Ingredientes:

- esparguete
- ervilhas (congeladas ou de conserva)
- uma mão cheia de nozes
- azeitonas kalamata
- tomates variados (usei tomate chucha cherry e tomate pêra amarelo)
- sal e ervas aromáticas para salada

Preparação:

Coza o esparguete al dente em água a ferver temperada com sal.

Enquanto a massa coze, pique as nozes com uma faca grande em cima de uma tábua de cozinha, e reserve.
Lave os tomates e corte os maiores ao meio. Reserve.

Quase no fim da cozedura da massa, adicione as ervilhas e as nozes, deixe durante 1 minuto e escorra tudo. Coloque num prato, adicione as azeitonas kalamata e os tomates. Tempere com flor de sal e ervas aromáticas e sirva.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Bolo de banana e nozes


Quando tenho bananas maduras demais para comer, aproveito-as para fazer bolo de banana. É uma maneira de não desperdiçar comida, e um bolo sabe sempre bem.
Já cá tenho no blogue uma receita, mas a minha receita preferida foi sempre esta do Confessions and Cookbooks. Então deitei mãos à obra e pus-me a fazer experiências para ver se conseguia um resultado tão bom como o original substituindo os ovos e o iogurte. E não é que consegui? :-)
Substituí os ovos por um "ovo de linhaça" (1 e 1/2 colheres de sopa de linhaça moída, misturadas em 2 colheres de sopa de água morna), e em vez de iogurte usei leite de arroz.

Resultou muito bem, o bolo ficou com uma textura fantástica, e um sabor delicioso!


Ingredientes:

- 2 chávenas de farinha com fermento
- 3/4 chávena de nozes (eu não tinha, usei amêndoas com pele e ficou muito bem)
- 3/4 chávena de açúcar branco
- 3/4 c. chá de bicarbonato de sódio
- 1 c. chá de fermento em pó
- 1/2 c. chá de sal fino
- 4 bananas pequenas muito maduras (usei bananas da madeira)

- 130 ml de leite de arroz
- 2 c. sopa de óleo de girassol
- 1 c. chá de extracto natural de baunilha

Preparação:

Ligue o forno a 170º e coloque a grelha a meio da parte de baixo.

Numa taça grande, misture todos os ingredientes secos, incluindo as nozes (ou as amêndoas).


Num prato raso esmague bem as bananas com um garfo. Coloque o leite de arroz e o óleo num copo medida e adicione as bananas esmagadas. Misture com uma colher de pau ou de silicone.


Junte os ingredientes molhados aos secos e envolva com uma colher de silicone, até deixar de ver farinha. A mistura fica muito espessa e grumosa. É mesmo assim.


Prepare a forma: unte uma forma comprida com spray de óleo (eu uso da Espiga), forre o fundo com papel vegetal e polvilhe os lados com farinha.
O meu lema no que se refere a forrar as formas dos bolos é "não tem graça ter trabalho a fazer um bolo, para depois ele se pegar à forma e se desmanchar ao desenformar."


Coloque a massa na forma e distribua-a com a ajuda de uma espátula de silicone.


 Leve ao forno durante 50 a 60 minutos, até que um palito espetado no centro saia seco.
Quando estiver cozido, deixe arrefecer durante 5 minutos na forma, em cima de uma grelha, depois desenforme e deixe arrefecer totalmente em cima de uma grelha.



O bolo conserva-se bem à temperatura ambiente durante 2 a 3 dias, mas se estiver muito calor é melhor colocar numa caixa hermética no frigorífico.
A partir do dia seguinte, eu gosto de comer as fatias um pouco torradas na torradeira.


quinta-feira, 11 de junho de 2015

Esparguete com azeite, couve pack-choy e tomates cereja



Esta massa foi um almoço "ultra" rápido de preparar. Tinha esparguete cozido no frigorífico e estava cheia de fome. :-) Salteei umas folhas de couve pack-choy, juntei-lhes o esparguete já quente e os tomates cortados ao meio. Temperei, envolvi tudo, e em poucos minutos estava pronto.
Juntamente com uma sopa de legumes com quinoa (bem nutritiva), foi o meu almoço num destes dias.


Ingredientes:
- Esparguete cozido
- azeite
- couve pack-choy (só as folhas, cortadas)
- tomates-cereja, cortados ao meio
- sal, pimenta, alho picado e orégãos

Preparação:

Aqueça (ou coza) o esparguete.
Numa frigideira quente deite um fio de azeite e coloque as folhas de couve. Adicione alho picado, envolva bem e deixe cozinhar durante alguns minutos até as folhas começarem a murchar e ficarem tenras.
Tempere com sal, pimenta e orégãos, e adicione os tomates.
Junte o esparguete, regue com mais um pouco de azeite e envolva bem. Deixe tudo aquecer junto durante cerca de 1 minuto, e retire do lume.
Sirva quente.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Mousse de Chocolate



Adoro chocolate, doces com chocolate, bolos de chocolate e mousse de chocolate.
E há mais de um ano que não comia mousse de chocolate. Desde que mudei a minha alimentação que quando olho para mousses de chocolate parece que só vejo ovos. E assim há muito tempo que não conseguia comer mousse.

Até ver esta receita no  Facebook da Quinta do Arneiro, que me levou ao Lemonaid. A receita é muito simples, e nesse dia eu tinha mesmo um abacate maduro na fruteira, sem saber o que lhe fazer.
Fiz a mousse e ficou tão boa que uns dias depois comprei mais abacates e chocolate preto, e no dia em que achei que estavam bem maduros saiu nova mousse para a sobremesa.
É deliciosa e mesmo saudável.


Ingredientes: (para 4 pessoas)
- 70 gr de chocolate preto
- 2 abacates maduros
- 2 c. sopa de cacau em pó
- 2 ou 3 c. sopa de mel ou xarope de agave
- 1/2 c. café de sal marinho
- 1 c. chá de extracto natural de baunilha
- morangos, para servir

Preparação:

Parta o chocolate em pedaços pequenos e derreta em banho maria ou directamente num tacho em lume muito baixo. Assim que estiver derretido, retire do lume.

Corte os abacates ao meio no sentido do comprimento e rode para abrir. Retire o caroço e, com uma colher de sobremesa, retire toda a polpa. Coloque num processador de alimentos (ou na Bimby), e adicione todos os restantes ingredientes, incluindo o chocolate derretido.


Triture até estar perfeitamente cremoso. Pode ser preciso parar a meio para envolver com uma espátula.
Experimente para ver se está suficientemente doce, e distribua por taças.


Se não for servir imediatamente, conserve no frigorífico. Sirva com morangos cortados.


sábado, 6 de junho de 2015

Tomates recheados com quinoa e feijão preto



Esta receita foi inspirada do blogue Gourmande in the Kitchen, e ficou uma delícia. Pode servir-se como prato principal ou como entrada, é nutritivo, rico em proteínas, e muito simples de se fazer.

Na receita original da Ella é feito com primeiros assados, mas eu não tinha pimentos neste dia, e os tomates resultaram muito bem. Como também não tinha espinafres, usei folhas de nabiça. Com o recheio que sobrou, no dia seguinte recheei curgetes redondas e servi com tomates cereja ao lado.

Ingredientes:

- 4 tomates redondos
- azeite
- óleo de côco, para cozinhar
- 1/2 cebola pequena
- 1 chávena de quinoa
- 2 chávenas de água
- folhas de nabiça, ou espinafres baby
- 3 tomates secos
- 1/2 lata de feijão preto, escorrido e passado por água
- sal, pimenta preta, salsa, e sumo de limão, para temperar

Preparação:

Lave os tomates, corte-lhes o topo e, com uma colher de sobremesa, retire-lhes o interior. Tempere com um pouco de sal e leve a assar no forno ou na Actifry (sem a pá rotativa) durante 15 a 20 minutos. Regue com um fio de azeite e reserve.


Enquanto os tomates assam, cozinhe o restante:
Pique a cebola fininha e leve ao lume num tacho com um pouco de óleo de côco. Quando amolecer um pouco, adicione a água e deixe levantar fervura. Passe a quinoa por água e junte à água. Tempere com sal e coza durante 10 a 15 minutos.
Quando estiver cozida, se ainda tiver muita água, escorra-a. Coloque de novo no tacho ou numa taça de vidro e junte as folhas de nabiça cortadas (ou os espinafres). Envolva e deixe as folhas murcharem.

Pique os tomates secos e junte à quinoa. Escorra o feijão e passe-o por água, e junte também à quinoa. Tempere com pimenta, salsa e sumo de limão, envolva bem e reserve.


Coloque os tomates assados numa travessa e recheie com a quinoa. Regue com um fio de azeite e sirva quente.


quarta-feira, 3 de junho de 2015

Papas de aveia / Oatmeal / Porridge


De vez em quando faço papa de aveia para o pequeno-almoço. Eu e a minha filha de 3 anos gostamos muito, e é uma forma saudável e nutritiva de começar o dia. Há alguns anos atrás fazia com leite, mas agora faço de modo totalmente vegan e fica uma delícia.

Ingredientes (para 2 ou 3 pessoas):
- 1 chávena de flocos de aveia integral (flocos inteiros, em vez de aveia cortada)
- 2 chávenas de água
- 1 pitada de sal
- 1/2 c. café de canela em pó
- 1 c. chá de linhaça moída

Para servir:
- leite vegetal morno
- xarope de agave, ou maple syrup
- morangos ou outros frutos silvestres

Preparação:

Aqueça a água e quando estiver a ferver adicione os flocos de aveia. Tempere com sal, canela e junte a linhaça moída. Deixe levantar fervura de novo, baixe o lume e deixe cozinhar durante 10 minutos, mexendo de vez em quando.

Quando estiver cozido, sirva para pratos ou taças e deixe arrefecer um pouco (para não se queimar a comer). Regue com um pouco de leite vegetal morno (eu uso leite de aveia), xarope de agave ou maple syrup e junte morangos ou outras frutas cortadas a gosto.

domingo, 31 de maio de 2015

Tabouleh com pimentos, curgete e lentilhas



Só tinha comido tabouleh uma vez, em casa de uma amiga, e andava há muito tempo para fazer cá em casa, mas ainda não tinha calhado. Agora com os dias quentes tem-me apetecido comida fria e então olhei para o pacote do tabouleh que tinha no armário, juntei-lhe alguns vegetais e saiu um almoço bem bom.
Usei tomate e pepino como vegetais crus, e cozinhei a curgete e o pimento numa frigideira. Depois deixei arrefecer no frigorífico e juntei tudo. Ficou uma delícia.

Ingredientes:

- 1 embalagem de tabouleh de bulghur, menta e salsa
- água
- 1 pimento vermelho grande (ou 2 pequenos)
- 1 curgete grande
- lentilhas cozidas
- 2 ou 3 tomates
- 1 pepino grande
- azeite
- sumo de 1 limão
- salsa fresca
- alecrim seco

Preparação:

Prepare o tabouleh de acordo com as instruções da embalagem. Quando estiver pronto, coloque no frigorífico para arrefecer.


Lave todos os vegetais.
Corte os pimentos em pedaços pequenos.
Corte a curgete ao meio no sentido do comprimento, corte cada metade em palitos e depois em cubos pequeninos.
Aqueça um pouco de azeite (ou óleo de côco) numa frigideira e salteie os pimentos e a curgete. Junte as lentilhas, tempere com salsa e alecrim e misture tudo. Retire do lume, coloque numa taça e leve ao frigorífico para arrefecer.
Descasque os tomates e corte-os em pedaços pequenos.
Corte o pepino como a curgete. Reserve.


Quando tudo estiver frio, junte todos os vegetais ao tabouleh, tempere com azeite e sumo de limão e misture bem.
Sirva frio.


terça-feira, 19 de maio de 2015

Stir-fry de vegetais com couve pak-choi e cajú



Adoro vegetais salteados. Passeando aqui pelo blogue é fácil perceber isso, pois tenho várias receitas do género desta. São pratos simples e rápidos de se fazer, e que ficam coloridos e me deixam bem satisfeita.

Quando cozinho um stir-fry não sigo nenhuma receita, abro o frigorífico e junto os ingredientes que tiver e que me pareça que combinem bem. Junto uns temperos de ervas aromáticas, um pouco de caldo ou de vinho para não ficar seco, e já está.
Começo sempre por picar cebola e cenoura, e depois junto mais um vegetal (neste caso foi pimento verde), junto algo com folhas verdes para o cálcio (neste caso foi couve pak-choi), ponho um pouco de cajú picado para ter um crocante e mais proteína, e adiciono lentilhas cozidas (neste caso de conserva da Bonduelle).

Para servir, fica bem em cima de arroz cozido, ou quinoa cozida, ou também com esparguete, ou ainda com batatas cozidas passadas na frigideira para dar sabor.
É um prato muito versátil.



Ingredientes:
- óleo de côco (ou azeite)
- 1/2 cebola picada
- 1 cenoura média, cortada em palitos e depois em tiras
- 1/2 pimento, cortado em tiras finas e depois em cubos pequenos
- 1 couve pak-choi pequena
- 1/4 chávena de cajú seco
- 1/4 chávena de lentilhas cozidas
- sal, pimenta, alho em pó
- mistura de ervas aromáticas (a minha é de: oregãos, manjericão, flocos de pimento secos, manjerona, tomilho, alecrim, salva, salsa)
- Mirin (vinho de arroz para cozinhar)

Preparação:

Pique a cebola, e corte a cenoura em palitos finos e depois em pedaços pequenos.
Aqueça uma frigideira, coloque um pouco de óleo de côco e junte a cebola e a cenoura.
Corte o pimento como indicado acima, e adicione-o à frigideira. Mexa d deixe cozinhar em lume médio-alto.
Lave a couve, corte o caule e adicione à frigideira. Reserve as folhas para daqui a pouco. Deixe cozinhar durante alguns minutos, até que a cebola e o pimento estejam mais macios e cozinhados.

Com a faca de picar os vegetais, pique o cajú e adicione à frigideira. Junte um pouco de Mirin, as folhas da couve, as lentilhas, os temperos, e misture. Deixe evaporar e reduzir um pouco, durante 3 a 5 minutos. Quando as folhas de couve estiverem macias e um pouco murchas, retire do lume.

Sirva com acompanhamento a gosto, arroz cozido, esparguete, quinoa, batatas cozidas, puré de batata...

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Pimentos e curgetes recheados



Este prato parece muito complicado e demorado a fazer, mas na realidade foi todo preparado no momento. O pimento e a curgete são assados vazios, na Actifry (como eu fiz) ou no forno. Enquanto isso cozinha-se o recheio numa frigideira e coze-se a quinoa. No fim, é só juntar tudo e servir. Fica colorido, bonito e saboroso.
O único senão cá em casa é que os meus filhos não gostam (é colorido demais para eles), por isso é um prato que faço só para mim e para o meu marido, em dias em que tenho outra comida para as crianças.

Ingredientes:

- 2 pimentos inteiros
- 1 curgete redonda (comprida) grande
- azeite

- 1/2 chávena de quinoa

- óleo de côco ou azeite (para cozinhar)
- 1/2 cebola pequena
- 1 cenoura pequena
- 2 folhas grandes de nabiça (ou espinafres)
- 1/2 chávena de cajú seco (de preferência demolhado durante 2 a 4 horas)
- sal, pimenta, oregãos, tomilho e salsa
- azeite (para regar no final)

Preparação:

Corte os pimentos ao meio no sentido do comprimento e retire-lhes as sementes. Reserve.
Corte a curgete ao meio no sentido do comprimento, e com uma faca pequena e uma colher retire-lhe o interior, de maneira a ficar com uma "caixinha". Corte metade do interior da curgete em palitos e depois em cubos pequenos e reserve. Guarde o restante interior para usar noutro prato (por exemplo numa sopa).
Coloque os pimentos e as metades de curgete no forno aquecido a 180º, com a parte cortada virada para cima. Deixe assar até estarem tenros e tostados (cerca de 30 minutos). Eu assei na Actifry, sem a pá rotativa, durante cerca de 30 minutos.

Enquanto isso, coloque a quinoa a cozer em água com sal, durante 10 a 15 minutos. Quando estiver cozida, escorra e reserve.

Descasque a cebola e pique-a finamente. Aqueça um pouco de óleo de côco numa frigideira pequena e junte a cebola.
Descasque a cenoura, corte-a em palitos finos e depois em cubos bem pequenos. Junte-a à cebola na frigideira e envolva. Adicione o miolo da curgete cortado em cubos, envolva bem e deixe cozinhar até a cebola e a cenoura começarem a amolecer.

Numa tábua, pique os cajú com uma faca afiada, e junte-os aos vegetais na frigideira. Tempere com sal, pimenta, oregãos, tomilho e salsa e envolva.
Enrole as folhas de nabiça ou os espinafres e corte-os finamente. Adicione à frigideira e deixe murcharem.


Entretanto a quinoa já deve estar cozida. Adicione-a à frigideira, regue com um fio de azeite e envolva tudo bem.


Quando os pimentos e a curgete estiverem assados, retire a pele aos pimentos com as mãos e recheie-os com a mistura de quinoa e vegetais.
Sirva quente.


sábado, 9 de maio de 2015

Bolo de chocolate com cobertura de chocolate



Finalmente consegui fazer um bolo de chocolate vegano que resultou tão bem como os bolos não veganos. Ficou com óptima textura e delicioso! Para a cobertura fiz um creme com chocolate de culinária, creme culinário de côco ("natas") e um pouco de açúcar. Bem mexido com a vara de arames (ou com a batedeira), ficou perfeito.

Este foi o bolo de aniversário da minha Mãe, e estava tão delicioso que, mesmo depois de eu dizer que era vegano, todos repetiram e voltaram a repetir. :-)

Esta receita é dedicada à minha querida Inês, que me está sempre a pedir receitas novas, especialmente de bolos.


Receita adaptada do livro "Cozinha Vegetariana para quem quer poupar" da Gabriela Oliveira.
Para preparar o bolo não é preciso utilizar batedeira. Basta uma taça grande, chávenas e colheres de medida, um copo medidor para os líquidos e uma vara de arames.

Ingredientes (para o bolo):

- 2 chávenas de farinha para bolos com fermento
- 1 1/2 chávena de açúcar
- 1 c. sopa de linhaça moída
- 5 c. sopa de cacau em pó
- 1 c. chá de fermento em pó para bolos
- 1 c. café de bicarbonato de sódio
- 1 1/2 chávena de leite de arroz, ou de amêndoa e arroz
- 1/2 chávena de óleo
- 1 c. sobremesa de sumo de limão

Ganache:

- 1 tablete de chocolate de culinária (200g)
- 200 ml de creme culinário de côco (usei da Isola Bio, comprado no Brio)
- 2 c. sopa de açúcar
- morangos, framboesas ou mirtilos para decorar

Preparação:

Ligue o forno a 180º.
Numa taça grande, peneire todos os ingredientes secos e misture-os bem com uma vara de arames. Reserve.
Num copo medidor, misture todos os ingredientes líquidos (leite, óleo e sumo de limão), e reserve.


Unte uma ou duas formas de bolo, forre o fundo com papel vegetal e polvilhe tudo com farinha.
Junte os líquidos aos secos na taça grande e misture com a vara de arames só até estar bem ligado. Não bata demais senão o bolo ficará baixo e duro.


Deite a massa na forma (ou formas) e leve ao forno até que um palito espetado no centro saia seco:
- para este usei uma forma de 18 cm, e demorou 45 minutos a cozer;
- numa forma mais larga e baixa pode demorar cerca de 30 minutos;
- se dividir a massa por duas formas iguais pode demorar cerca de 20 minutos a cozer.


Quando estiver cozido, deixe arrefecer na forma em cima de uma grelha durante 5 a 10 minutos, e depois desenforme, deixando arrefecer por completo na grelha de arrefecimento.

Entretanto, prepare o ganache:
Bata com a tablete ainda fechada na bancada várias vezes, até sentir o chocolate todo bem partido. Abra a embalagem e coloque o chocolate partido numa taça de tamanho médio ou grande. Se ainda houver pedaços grandes, parta-os mais. Reserve.

Misture o creme culinário de côco com o açúcar num tacho pequeno, e leve ao lume para aquecer até começar a borbulhar. Retire do lume e deite sobre o chocolate. Deixe-o derreter durante uns segundos e comece a misturar com uma vara de arames. Quando o sentir mais derretido, bata bem com a vara de arames (ou na batedeira), até começar a espessar um pouco e ficar cremoso. Leve ao frigorífico durante cerca de 30 minutos para espessar mais.



Para montar o bolo, depois de totalmente frio, deite um pouco de ganache no prato do bolo e coloque o bolo por cima, para que este fique colado ao prato e não deslize. Se tiver uma base rotativa (como as bases que se utilizam para os fondues) coloque o prato em cima dessa base.
Com uma faca grande de serrilha (uma faca do pão é perfeita para isto) corte o topo do bolo para que fique plano (esta é também a oportunidade para ver se o interior do bolo ficou bem cozido). Com a mesma faca, corte o bolo ao meio horizontalmente.
Com a ajuda de um prato plano ou de uma espátula grande retire a metade de cima. Coloque uma quantidade de ganache na metade de baixo, deixando um rebordo sem creme, e volte a colocar a metade de cima no bolo.

Distribua o restante ganache por cima do bolo, ajudando com uma espátula grande ou com o verso de uma colher de sopa. Comece no centro do bolo e vá espalhando o creme para os lados até cobrir todo o bolo. Se o creme ainda estiver pouco espesso pode simplesmente despejá-lo no topo e deixar escorrer para os lados. Fica igualmente bonito.
Esta quantidade de ganache é muita, por isso é normal que sobre creme. Pode-se conservar no frigorífico até 3 dias, e ir usando a gosto (em bolos, com fruta, etc).

Decore com morangos, framboesas ou mirtilos.
Mantenha o bolo no frigorífico até à hora de servir.



Notas:
Ao preparar o bolo, é essencial manter os ingredientes secos e os molhados separados até ter a forma pronta. Ao juntá-los, o bicarbonato de sódio reage com o sumo de limão e faz a massa aumentar de volume. Mas este efeito é temporário e se a massa ficar à espera na bancada, vai acabar por descer e o bolo ficará baixinho, por isso assim que a massa está misturada é preciso colocá-la de imediato na forma e levar ao forno.

Como em todos os bolos, este também se pode fazer sem o recheio ou a cobertura. É ao gosto de cada um.