quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Penne Caponata


Quando tenho pouco tempo para preparar uma refeição, a escolha é quase sempre massa. É rápido, simples e saboroso. Esta receita é do livro "Save with Jamie" ("Poupe com Jamie" na tradução portuguesa) do Jamie Oliver, e faz parte de um conjunto de 4 receitas rápidas e saborosas de massa com tomate.

Ingredientes (para 4 pessoas):
(tempo total: 35 minutos)

- massa com formato à escolha (eu usei Penne)
- 1 beringela grande
- azeite
- 1 c. sopa açúcar amarelo
- 1 c. sopa vinagre de vinho tinto
- 2 dentes de alho, picados finamente
- 2 latas (400 g) de tomate em pedaços (ou 1 lata + metade da lata com água)

Preparação:

Corte a beringela em fatias no sentido do comprimento, depois corte-as em tiras e depois em cubos pequenos. Aqueça uma frigideira, deite um fio de azeite e adicione a beringela. Deixe cozinhar durante cerca de 15 minutos, mexendo de vez em quando para cozinhar toda por igual.
Adicione o açúcar e o vinagre e mexa.
Junte os alhos picados, mexa e deixe cozinhar durante 1 minuto.
Adicione os tomates, deixe levantar fervura, reduza o lume e tape. Deixe cozinhar em lume baixo durante cerca de 15 minutos.

Cozinhe a massa. Para ser mais rápido, ferva a água num fervedor eléctrico, deite num tacho, junte a massa, e coza durante o tempo indicado na embalagem. No fim, antes de escorrer a massa, com a ajuda de uma caneca reserve um pouco da água de cozedura.

Escorra a massa, e junte-a ao molho na frigideira. Envolva tudo e junte um pouco da água de cozedura reservada para ajudar a soltar a massa.
Sirva quente.

domingo, 26 de outubro de 2014

Lasanha de Beringela (vegetariana)


Gosto muito de lasanha, e ao longo dos anos tenho feito de vez em quando. Dantes fazia de carne, depois de deixar de comer carne, fiz uma ou duas vezes lasanha vegetariana (ou vegan).
No entanto, costumo ter muita dificuldade em que a massa fique bem cozinhada. Já tentei com massa seca por cozer, com massa seca cozida (as placas colaram-se todas), com massa fresca... mas sempre sem bom resultado.
Desta vez fiz com massa frasca feita em casa. Sim, isso mesmo, massa feita por mim. Sempre pensei que fosse muito complicado e que era essencial uma máquina para esticar a massa, mas com esta receita descobri que não é.
Tenho andado a fazer receitas do livro "Itália" da Bimby, e no último capítulo há receitas de massa fresca. É tão rápida e simples que fiquei espantada! A receita da lasanha é do livro "Itália" e o béchamel é do livro base da Bimby.

Notas: A receita da massa é feita com ovos (biológicos é claro) e a margarina Vaqueiro que eu usei tem leite nos ingredientes, por isso esta receita não é vegan, mas na próxima vez vou experimentar fazer a massa com água.
O béchamel foi feito com leite de arroz (que era o que eu tinha), mas também deve ficar bem com outros leites vegetais.


Ingredientes (para 4 pessoas):

Massa fresca:
- 200 g farinha tipo 65
- 2 ovos biológicos

Lasanha:
- 2 beringelas médias, cortadas às rodelas
- 200 g cebola
- 2 dentes de alho
- 1 cenoura média
- 35 g azeite
- 800 g de tomate chucha maduro, cortado em pedaços pequenos
ou 2 latas de 400 g cada de tomate em pedaços
- 10 g vinho branco
- 2 c. chá tempero italiano de ervas (orégãos, manjericão, flocos de pimento, manjerona, tomilho, alecrim, salva e salsa)
- 1 c. chá sal
- pimenta preta
- pão ralado (para polvilhar)

Béchamel:
- 500 g leite de arroz (ou outro leite vegetal)
- 40 g farinha
- 20 g margarina (usei Vaqueiro, que não é vegan)
- sal, pimenta e noz moscada

Preparação:

Comece por fazer a massa. Coloque no copo da Bimby a farinha e os ovos e amasse: 2 min, tampa fechada, botão de amassar. Retire a massa do copo, molde uma bola e deixe repousar durante 15 minutos à temperatura ambiente.

Corte as beringelas em rodelas e disponha-as na Varoma e no tabuleiro da Varoma, tendo o cuidado de não tapar totalmente os orifícios da Varoma. Polvilhe com sal e reserve.

Coloque no copo a cebola, os alhos e a cenoura e pique 5 seg., vel 5. Junte o azeite e refogue 5 min, temp. Varoma, vel 1. Adicione os restantes ingredientes (excepto o pão ralado), coloque a Varoma em cima e programe 18 min, temp. Varoma, vel 2. No fim do tempo, retire a Varoma e reserve.

Ligue o forno a 180º, e faça o béchamel: passe o copo da Bimby por água, coloque todos os ingredientes e programe 7 min, temp. 90º, vel 4.

Enquanto o béchamel cozinha prepare a massa: divida a massa em 3 parte iguais e, numa superfície enfarinhada, estenda cada pedaço com um rolo da massa. Estenda no formato do pyrex que vai usar e estenda o mais fino que conseguir.

No pyrex, espalhe um pouco do molho. Por cima coloque uma placa de massa, cubra com metade da beringela, molho de tomate e béchamel. Coloque outra placa de massa e repita: beringela, molho de tomate e béchamel. Coloque a última placa de massa e cubra com o restante molho de tomate e béchamel. Polvilhe com pão ralado. Leve ao forno cerca de 30 minutos, para cozer a massa.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Massa com vegetais verdes


Esta massa foi o jantar de uma noite de semana. Simples, rápido e feito totalmente na Bimby. Ah, e saboroso também. Ficou perfeito!
A receita é adaptada do livro "Itália - Receitas Bimby", e facilmente se pode fazer sem Bimby, numa panela ao fogão.

Para 4 pessoas
Ingredientes:

- 110 g de brócolos (floretes)
- 100 g de ervilhas (usei das congeladas)
- 2 folhas grandes de nabiça, cortadas em pedaços pequenos
- Massa linguine (ou qualquer outra massa)
- 1 c. chá de caldo de legumes (em cubo, em pasta, ou em pó)
- 30 g de margarina vegetal
- 100 g de creme culinário de arroz (ou qualquer creme vegetal para cozinhar)
- sal, pimenta preta e noz moscada
- salsa picada

Preparação:

Coloque 500 g de água no copo da Bimby e feche a tampa. Coloque todos os vegetais verdes no tabuleiro da varoma. Coloque a varoma em cima do copo e programe 14 min, temp. Varoma, vel 1. Quando terminar o tempo, retire a varoma e mantenha-a de parte, tapada.

Retire 50 g do caldo que está no copo, com a ajuda do copinho (meio copinho = aproximadamente 50 g). Deite num copo e reserve.
Ao restante caldo que ficou no copo junte água até chegar à marca de 1,5 litros. Adicione 1 c. chá de sal, um fio de azeite e programe 10 min, temp. Varoma, vel 1.

Quando terminar o tempo, coloque a massa pelo bucal da tampa e programe o tempo indicado na embalagem da massa, temp. 100º, vel colher inversa. Com a mão ajude a massa a descer e coloque o copinho na tampa. No fim do tempo escorra a massa e reserve-a numa travessa de servir. Polvilhe com a salsa e tape.

No copo vazio, coloque o caldo reservado, o caldo de legumes, a manteiga e programe 1 min, temp 100º, vel 1.
Adicione os vegetais reservados, o creme culinário, os temperos e programe 3 min, temp 100º, vel colher inversa.

Deite o molho sobre a massa e envolva tudo bem. Sirva quente.

domingo, 19 de outubro de 2014

Flexibilidade, decisões e a procura do equilíbrio

A minha procura pelo equilíbrio continua.
É um caminho longo, com curvas, cruzamentos e decisões. Não é fácil, mas tomar decisões que saem um pouco da "normalidade" nunca é.
Apesar do meu blog só ter receitas vegan, quando me perguntam se sou vegan a minha resposta é que sou semi-vegetariana. Já quis ser e já fui vegan, mas tive que voltar atrás em alguns alimentos que tinha deixado de comer por necessidade das circunstâncias, como por exemplo nas férias de verão no Algarve.
Não gosto de rótulos (rótulos nas pessoas, entenda-se). Nunca gostei e não era agora que ía começar a gostar. Acho que as pessoas são individuais e são livres de escolherem a maneira como vivem, como comem, como falam, como agem, desde que não firam ou ocupem a liberdade dos outros, o espaço dos outros. E não gosto de rótulos. Não quero ter que me definir consoante rótulos que alguém um dia inventou para quem come isto ou aquilo ou não come isto ou aquilo.
Sou flexível, ainda estou a procurar o meu equilíbrio e o que me faz sentir bem, e sei que não vai ser dentro de uma dessas definições.
Há alimentos que sei que não quero comer de novo, há outros que sei que vou comer de vez em quando, por força das circunstâncias, e sei que quero fazer uma alimentação o mais possível vegetal. Porque é assim que me sinto melhor.

Nas férias de Verão terminei finalmente de ler "O Dilema do Omnívoro". O livro é enorme por isso demorei uns meses a terminá-lo, mas é muito interessante e faz pensar em muita coisa. Um aspecto que passei a encarar com outros olhos foi que os animais são necessários para termos uma agricultura sustentável. Para não se utilizar fertilizantes químicos, o melhor fertilizante que existe é mesmo o estrume, e para isso são necessários os animais. O meu problema em comer animais é o serem criados exclusivamente para serem abatidos, a forma como vivem, a forma como são abatidos, se sofrem ou não. Isso é que é essencial para mim. Não quero causar sofrimento para que eu me possa alimentar.

Uma certeza que continuo a ter é que não precisamos de comer carne ou peixe todos os dias. Não é necessário, não é saudável e não é sustentável. Porque se todos o fizermos é inevitável ter este círculo vicioso (a pescadinha de rabo na boca) que é para todas as pessoas poderem comer carne ou peixe todos os dias é preciso pescar ou criar animais de forma intensiva, o que irá por sua vez poluir o planeta de forma irremediável e levar ao seu esgotamento.
Quanto mais se produz, mais se tem que baixar o preço para incentivar a procura, maior se torna a procura com exigência de preço baixo, para manter esse preço baixo é preciso reduzir os custos, produzindo de forma mais intensiva e massiva, aproveitando economias de escala e recorrendo a aditivos químicos e artificiais cada vez mais baratos. É um ciclo vicioso do qual é extremamente difícil sair.

Já repararam que no supermercado a carne é dos alimentos mais baratos que existem? Já lá vai o tempo em que a carne era cara. Hoje em dia ainda se tem muito a ideia de que a carne é cara, mas na verdade não é. Basta ver os rótulos nas embalagens no talho do supermercado. É barata, e isso vê-se também na quantidade enorme que existe nos expositores para venda, na grande quantidade que as pessoas compram e no facto de a maior parte das pessoas comer carne todos os dias.
Podemos também reparar na área de restaurantes de qualquer Centro Comercial. Todos, mas mesmo todos os restaurantes servem carne! Não imaginam a angústia que eu sinto quando quero almoçar num Centro Comercial e tenho que escolher um restaurante. Acabo a comer sempre o mesmo: ou uma massa feita à medida num italiano ou uma salada de cuscus feita à medida no Go Natural.

É commumente assumido que todas as nossas refeições têm que conter uma proteína animal.  E quem é vegetariano é olhado com estranheza e todas as pessoas se sentem no direito de fazer comentários sobre o perigo que isso é e o disparate que se está a fazer, e como se vai ficar com carências. Não há paciência.
Acredito que com o tempo esta mentalidade vai mudar, vai evoluir, e talvez daqui a algumas décadas o estranho seja comer carne todos os dias e quem o faça seja olhado como quem polui e destrói os recursos naturais.
Comer carne todos os dias não é sustentável e essa é a primeira forma de pensar que tem que mudar. A partir daí, aos poucos, virá o resto.

Então e para isto é preciso deixar de comer carne completamente? Eu acho que não. O que é preciso é haver um equilíbrio com a Natureza. É possível fazer uma alimentação com base vegetal e comer alguma carne de vez em quando. Essa carne é possível ser criada de forma natural, extensiva, em harmonia com a natureza. Animais criados ao ar livre, com espaço, com respeito pelo seu ciclo de vida, com respeito pela sua saúde, que pastam em vez de serem alimentados exclusivamente com ração, que quando precisam de ração esta não contém aditivos para incentivar o seu crescimento anormal ou medicamentos para evitar doenças. E que quando são abatidos, isso é feito com respeito pelo seu não sofrimento.
As palavras chave aqui são natural, sustentável e respeito.

Afinal como eu disse mais acima, os animais são benéficos para a agricultura, pois ajudam a fertilizar os solos, e ajudam a limpar os terrenos ao pastar. Por isso podemos todos fazer parte de um ciclo sustentável, em que comemos as plantas que foram fertilizadas pelos animais, que por sua vez viveram uma vida natural e boa, pastando e transformando as plantas que comem em proteína animal, que nós um dia mais tarde iremos comer. Porque a verdade também é que é da nossa natureza como seres humanos sermos omnívoros, e comermos carne.
Tem é que ser com equilíbrio.

Então e no fim disto tudo, o que é que eu como e não como?

- O que não como:
Porco, perú, outras carnes que já não comia antes (pato, coelho, caça...), peixes de criação intensiva, carne de vaca e frango de criação intensiva, e produtos animais transformados, processados, como fiambre.
Os porcos são animais extremamente sensíveis e expertos, e a sua criação em modo biológico ainda é rara ou inexistente. Os porcos são criados de forma completamente horrorosa e sofrem as maiores atrocidades. Em conjunto com as vacas leiteiras e as galinhas poedeiras criadas em gaiolas, são dos animais que mais sofrem. Para quem quiser ler sobre os porcos criados para consumo, ver por exemplo aqui.

- O que tento não comer, mas é difícil pela sua presença em quase todos os alimentos:
Lacticínios e ovos. Soja como componente das refeições.
Há muito tempo que abolimos o leite de vaca cá em casa. O leite materno de qualquer animal serve para alimentar os seus bebés. O leite serve para fazer crescer bebés. Não faz falta às crianças nem aos adultos e o leite de vaca faz mal à nossa saúde. Além disso as vacas leiteiras são dos animais que mais sofrem. Desde que fui mãe e vivi a experiência da amamentação que passei a olhar para o leite de vaca e para as vacas leiteiras de outra maneira, e muitos argumentos que eu dantes punha de parte como absurdos, passaram a fazer sentido. Um dia destes escreverei um post sobre este assunto.
Portanto o leite de vaca não entra cá em casa nem o consumimos fora de casa, bem como iogurtes, queijo e outros lacticínios. No entanto, em Portugal ainda não é fácil ser vegan, por isso muitos alimentos que compro contêm leite (como a margarina), e ir a uma pastelaria ou restaurante e comer um bolo que não contenha leite, iogurte ou ovos é quase impossível.
Os ovos de criação em gaiolas também já não entram cá em casa há séculos. Costumava comprar ovos biológicos com regularidade, mas parei desde que li sobre o que acontece aos pintainhos machos que nascem de ovos destinados à criação de galinhas poedeiras, mesmo no modo biológico (leitura diversa aqui). Assim, muito de vez em quando compro uns ovos biológicos para fazer um bolo de aniversário. E quando o faço, compro ovos de pequenos produtores portugueses no Brio.

- O que como de vez em quando:
uns meses atrás voltei a comprar carne cá para casa, por causa do meu filho. Carne biológica de vaca e de frango, que compro no Brio ou no Supercor. A carne de vaca compro da Elipec, e a de frango compro do Bosque Biológico.
Em Agosto encontrei o dono da Bosque Biológico no Brio e fiquei de o contactar um dia destes para irmos fazer uma visita à quinta. Gostava de levar os meus filhos a conhecer uma quinta com animais, e quero ver como é que os animais são criados, como vivem, e assim fazer as pazes com a minha própria consciência quando compro carne e a como. Também quero fazer o mesmo com a Elipec, que é um agrupamento de produtores de Pecuária do Alentejo.
Quero ver de onde vem a carne que compro, quero saber como são criados os animais, quero saber o que como e o que dou a comer aos meus filhos.
Também compro e como de vez em quando peixe. Peixe que não vem de aquicultura, de preferência de pesca local e sustentável. E atum de pesca sustentável com o selo Dolphin Safe.

Assim, não me posso chamar de vegan ou vegetariana ou qualquer outro nome deste género. Sou conscienciosa daquilo que como, sou extremamente restritiva em relação a umas coisas e flexível em relação a outras. Procuro um equilíbrio, que me permita viver de consciência tranquila em relação à Natureza, ao planeta, aos animais, à nossa saúde, ao mundo que vou deixar um dia aos meus filhos.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Leite de Amêndoa


Cá em casa já não consumimos leite de vaca há mais de um ano. (motivo é conversa para um post inteiro, por isso deixo-o para outro dia)
Desde então, experimentámos diversos leites vegetais até encontrarmos um que seja ao nosso gosto, e conseguimos encontrar um ou dois de compra e este leite de amêndoa caseiro. O caseiro é o que eu e a minha filha gostamos mais (a Joana come primeiro o leite dos cereais e só depois os cereais), já o meu marido prefere o leite de arroz e amêndoa da Isola Bio.

Nós usamos o leite vegetal para comer com cereais, fazer bolos e cozinhar.

O leite de frutos secos feito em casa é muito simples de se preparar e as vantagem são principalmente o sabor, mas também sabermos exactamente os ingredientes que leva e poder fazer só a quantidade que se vai consumir. Quanto ao custo, fica mais ou menos o mesmo preço que comprar leite vegetal de pacote, pois os frutos secos não são muito baratos.

Frutos secos:
Pode-se utilizar qualquer fruto seco de que se goste, e mesmo fazer misturas, por exemplo leite de amêndoa e avelã.

Equipamento:
Para fazer o leite é preciso ter uma liquidificadora, um saco de musselina fino e um jarro com tampa ou uma garrafa para conservar no frigorífico. Eu tanto utilizo a Bimby como a minha máquina de sumos. O saco que tenho é este, que comprei. na Amazon.es e é excelente.

Quantidades:
Os leites que faço têm sempre a mesma proporção: para 1 chávena de frutos secos uso 3 chávenas de água. Às vezes junto 2 tâmaras secas para adoçar.
A quantidade final de leite é exactamente a mesma quantidade de água que utilizámos (exemplo: 3 chávenas de água rende 750 ml de leite).

Preparação:
O processo parece complicado mas na verdade é simples e rápido. Eu faço leite vegetal dia-sim-dia-não de manhã.
Coloque os frutos secos numa taça e cubra com água. Deixe de molho durante 8 a 12 horas (por exemplo, durante a noite).
Com um passador escorra os frutos secos descartando a água em que estiveram de molho. Passe-os por água, coloque-os na liquidificadora e junte água nova (se usou 1 chávena de frutos, use 3 chávenas de água).
Se usar tâmaras, junte-as também na liquidificadora.


Triture tudo muito bem (Bimby: 1:30 minutos, vel. 9)


Coloque o saco de musselina numa taça lavada grande e despeje o leite dentro do saco.


Pegue no saco e aperte muito bem com as duas mãos, até que o leite saia todo da polpa e a polpa fique quase seca.


No fim deverá ter todo o leite na taça e a polpa quase seca pode ser conservada numa caixa hermética no frigorífico.


Deite o leite no jarro ou numa garrafa com tampa e está pronto a beber.
Conserva-se no frigorífico durante mais ou menos 3 dias.
O leite vegetal caseiro não contém emulsionantes, pelo que é normal que se separe. Antes de beber, misture muito bem até ficar homogéneo.


Nota: a polpa que sobra pode ser utilizada para fazer trufas, bolos, juntar a molhos, juntar a sopas, etc. E como já foi demolhada não contém inibidores de enzimas, pelo que a sua digestão é muito mais fácil.
Pela minha experiência a polpa fresca conserva-se bem no frigorífico durante uns 4 ou 5 dias. Para se conservar mais tempo, pode-se desidratar, triturar na Bimby, na liquidificadora ou num processador até ficar fina e guardar na despensa para usar como farinha de amêndoa.
Hei-de colocar aqui receitas que tenho feito com esta polpa.